sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Alunos Inovadores dos Açores







Estou muito contente por estar aqui presente nestas jornadas.
Filipe R.
Este foi o sentimento manifestado pelo Filipe aquando da sua presença nas II Jornadas Pedagógicas.
E foi com imensa satisfação que eu e o Filipe estivemos presentes nas II Jornadas Pedagógicas dos Açores, a divulgar o projecto de inovação pedagógica – associado às tecnologias informáticas – desenvolvido pela nossa Escoa.
A pequena dimensão e a localização ultraperiférica que nos caracteriza constituíram – ao longo do nosso meio milénio de existência – factores que dificultaram o nosso acesso contínuo e célere ao conhecimento.
A Internet e as novas tecnologias informáticas associadas ao ensino representaram, para nós, uma fantástica oportunidade para romper condicionalismos seculares e encurtar as inamovíveis distâncias – de quase tudo e de quase todos – que sempre caracterizaram a nossa existência.
Por tudo isto, a nossa escola tem realizado um grande e sistemático esforço para aproveitar esta oportunidade. Nesse sentido, os sucessivos Projectos Educativos que desenvolvemos, ao longo dos últimos sete anos, possuem uma espécie (benigna) de obsessão pela inovação tecnológica e pedagógica.
Hoje, todos os alunos, professores e funcionários da nossa escola possuem um computador portátil e dispomos de dois quadros interactivos e Internet sem fios. Nas aulas desenvolvemos – de forma sistemática – toda uma panóplia de utilizações pedagógicas dos meios informáticos: visitas virtuais a bibliotecas e museus, videoconferências com outras escolas europeias, filmes, blogues de turma, webquests, caças ao tesouro, apresentações, exploração dirigida de sites, etc.
A nível de escola publicamos um jornal escolar digital, possuímos um site e coordenamos um ambicioso projecto europeu – que integra escolas de sete países europeus – que visa construir uma biblioteca escolar digital multilingue, de temáticas regionais.
As diferentes parcerias europeias estão projectadas, sobretudo, para o intercâmbio pedagógico-tecnológico. Pretendemos contactar com práticas de sucesso, aprender e, mais uma vez, aproveitar a mobilidade das tecnologias informáticas para nos integrarmos em plataformas de conhecimento cada vez mais vastas. Quem ousaria pensar, há dez anos, que, a partir da ilha do Corvo, poderíamos desenvolver aulas em conjunto com escolas inglesas?
Projectamos, para o futuro, o aperfeiçoamento das nossas práticas pedagógicas e continuar a fazer um sério esforço de apetrechamento tecnológico. A nossa presença nestas Jornadas foi, sobretudo, um testemunho. Um testemunho das novas e incríveis possibilidades que a inovação pode dar às nossas escolas e aos nossos alunos. Por mais longe que se localizem, por mais inacessível e isolado que pareça o seu contexto.

Deolinda Estêvão